Menu

Início Sobre Nós Resenhas Ranking de Livros Parcerias Contato Image Map

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Resenha: Como Viver Eternamente

Resenha

Como Viver Eternamente

Editora: Geração Editorial
Páginas: 230


Sinopse:
Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.







OPINIÃO DELA:

     A história de Sam, 11 anos, que sofre de leucemia, não promete, a meu ver, a intensidade de um drama sobre o sofrimento de se ter câncer; claro que, ao longo da narrativa, a vida de Sam e o que ele sofre com a doença acabam ficando claro, mas não senti que fazer um grande drama era o objetivo, e sim mostrar um garoto que age naturalmente e que nos toca ao falar da vida com tanto gosto e tantos sonhos, mesmo sabendo que teria, com sorte, apenas mais um ano de vida.
     
     Sam tem como seu melhor amigo Félix, a quem conheceu no hospital em uma das vezes em que ficou doente, e ele também tem uma grave doença. Sam, que observa nas pessoas o que elas têm de melhor, vê em Félix um garoto com múltiplas qualidades e por quem desenvolve muita admiração. Os dois começam a ter aulas juntos em casa e um dia a professora sugere que eles escrevam. Eles então começam a escrever um livro juntos, e é neste livro que estão todas as experiências, as metas e as inquietações desses dois amigos cujo objetivo é cumprir tudo o que escrevem e responder a tudo que querem saber a respeito.


     Sally Nicholls soube fazer dos pequenos acontecimentos na vida de Sam e da forma com que procede na narrativa – simples, como realmente um garoto escreveria – o motivo de a leitura ser tão emocionante. Entre explosões vulcânicas, filmes de terror e outros desejos, a leitura chega a ser divertida mesmo tratando-se de dois sobreviventes do câncer.

     Sam sempre questionou a morte, o porquê de Deus fazer com que as crianças adoecessem. Segundo ele, são perguntas que os adultos nunca têm coragem para responder ou também não sabem a resposta, mas ele está disposto a descobrir e preencher seu livro com essas respostas que tanto o inquietam.

     No meio do romance é possível também ver que a autora traz todo o contexto da família que sofre por não poder fazer muito mais pelo filho, a irmã mais nova enciumada por ter um irmão que fica em casa e ela ter que ir à escola, a mãe que tenta fazer tudo ficar bem e o pai que vive em um estado de negação. Ou seja, da realidade de uma família que tem um filho em estado terminal e sem muito tempo para aproveitar da companhia dele.

     A beleza do livro está na mensagem, na lição que esse protagonista de apenas 11 anos nos traz sobre o sentido da vida, de ter sonhos mesmo que alguém afirme que você não terá como realizá-los, de continuar tentando, de amar incondicionalmente um amigo, de viver cada momento, de lidar com o luto e ainda acreditar que existe alguma coisa boa que nos espera após a morte. É nesse otimismo e veracidade das palavras de Sam que reside a grandeza do livro. Uma maneira inusitada de fazer o leitor se emocionar, pois o livro não é apelativo. Sam trata sua doença com naturalidade e faz o finito se transformar em infinito na sua jornada. Uma leitura memorável!

NOTA DELA: 





Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário